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Abril 15, 2020

E DEPOIS DA QUARENTENA?

E DEPOIS DA QUARENTENA
Ninguém sabe ao certo o que acontecerá quando tudo isso termine. Ninguém esperava essa pandemia, muito menos como mudaria o mundo atualmente: o distanciamento social, as máscaras de proteção, o isolamento obrigatório e uma mudança de costumes, um exilio analógico: o que anteriormente era feito pessoalmente, como reuniões de trabalho, aniversários ou celebrações da Pascoa, migraram para o “on-line”.
 
O mesmo está acontecendo com as compras. As mensagens enviadas por WhatsApp a provedores de restaurantes, hotéis ou lojas, começam a proliferar. Ao mesmo tempo, a condição de evitar as ruas, de sair de casa, fez com que grande parte do comercio, normalmente acostumado a vender de maneira presencial, comece a tomar novas direções. De acordo com um estudo feito pela Scentia, apesar de as compras físicas terem diminuído na última semana de março na Argentina, ao contrário dessa tendência, as compras on-line aumentaram. A última semana foi a melhor em termos de faturamento para o comercio eletrônico.
 

O mundo por vir

 
Após os ataques às Torres Gêmeas em setembro de 2001, muitos achavam impossível voar novamente; aconteceu exatamente o contrário. Como pontua Guillermo Oliveto, especialista em tendências sociais e de consumo no “La Nación”, há outros fatos que atingiram o fundo do poço, que mais tarde vieram à recuperação.  Por exemplo, há 12 anos. “Naquele 16 de setembro de 2008 ‘o mundo caiu’. Uma vez superado o caso de falência, Wall Street teve um longo ciclo de alta impulsionado principalmente por empresas de tecnologia, um setor que quando estourou a bolha do “ponto com”, também em 2001, muitos se apressaram em encerrá-lo. De toda crise, existem oportunidades. Em toda crise – vamos acrescentar – há mudanças nos costumes e comportamentos que permanecerão para sempre.
 
No comercio eletrônico, ainda existe muito para crescer. Os mais otimistas falavam, antes da pandemia, de um 5% do mercado total de vendas no varejo. Esses dados certamente mudaram nos dias de hoje por causa do exilio analógico: sem dúvida, a “competição” física retornará, mas ainda existem vários comportamentos que prometem se espalhar após a quarentena.

A CACE (Câmara Argentina de Comercio Eletrônico) diz que 90% dos novos usurários são pessoas mais velhas, que anteriormente “fugiam da Internet”. “Eles compram pela primeira vez para não ter que sair de casa ou ir à loja física” explicou o secretário, Mario Grinman. “Um dos grandes vencedores dessa crise é o comercio eletrônico”, concluiu em uma entrevista com “Clarín”.

Enquanto isso, a Associação Mexicana de Vendas On-line (AMVO) lançou o Aiuda.org, uma plataforma gratuita no país para apoiar os comércios que tiveram suas vendas afetadas pelo COVID-19. Um ponto que certamente mudará com essa pandemia: as cifras do estudo de Vendas On-line PyMES 2019 destacam que a principal razão pela qual as pequenas e medias empresas (PMEs) não vendem on-line é devido à falta de conhecimento sobre como operar no canal digital, e as que vendem on-line, se sentem mais limitadas pela falta de investimento e treinamento interno.
 

Uma luz no fim do túnel

“As medidas de higiene e prevenção serão diferentes em locais públicos, em aeroportos, escolas e trabalhos. O e-commerce será mais forte do que era e a educação a distância e o trabalho terão dado um salto qualitativo”, diz Oliveto.
 
Sem dúvida, o comercio eletrônico será um desses lugares no mundo pós-pandemia. Em março, essa migração forçada já foi verificada em vários aspectos. E para isso você precisa estar preparado: ao contrário do mundo físico, aqui não há lugar para intuição, muitas decisões podem ser tomadas com base em dados e, acima de tudo, há muito espaço para oportunidades. Vejamos, se não, o que aconteceu com a demanda do Mercado Livre em março: aumentaram as vendas de máscaras descartáveis, garrafas de 5 litros de álcool gel, mas também por ficar em casa, aumentaram as vendas de jogos de tabuleiro, bebidas, material de limpeza e até de farinhas: a consequência de ter mais tempo para cozinhar.
 
Evolução de venda de farinhas ao longo do tempo na Argentina. Fonte: Nubimetrics.com
Evolução de venda de farinhas ao longo do tempo na Argentina. Fonte: Nubimetrics.com
 
Por esse motivo, como em outras coisas que aconteceram no mundo, alguns costumes permanecerão depois dessa pandemia. “No dia seguinte, vamos querer voltar atrás?”, pergunta Oliveto. É provável que algumas coisas continuem e se aprofundem, como o comercio eletrônico. Usar dados para tomar melhores decisões pode ser essencial para vencer essa nova batalha. E ai será necessário estar preparado: estudar as mudanças na demanda, as novas dinâmicas dos consumidores, a chegada de novos exilados e encontrar as oportunidades que ainda, em plena crise, estarão ai, esperando para serem apanhadas.


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